"A vida tão simples é boa..."música maravilhosa que encantou nossos ouvidos nas vozes de Ana Carolina e Seu Jorge. Muitos cantarolaram a música enquanto corriam desnorteados por avenidas , parando nos congestionamentos , enquanto maldiziam o calor sufocante , resultado do efeito estufa.
Parados no próximo semáforo (droga, tinha que fechar agora!!!!) fecharam o vidro rapidamente, medo de um assalto.
"Há quem acredite em milagres,
Há quem cometa maldades..."
Alívio quando o verde sinalizou uma saída da angústia de estar parado num cruzamento perigoso.
Ansiedade por poder chegar em casa e encontrar os seus em segurança.
"É isso aí!
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores"
Por isso amo lembrar dos morros verdejantes de Pilar do Sul.
Amo lembrar de nosso fogão de lenha, o barulho da chama estalando na lenha..
Amo lembrar de minha mãe aventando e escolhendo o feijão na peneira.
Também tenho uma, e dias atrás meu marido comprou alguns quilos de feijão direto do produtor . Veio cheio de pedrinhas, feijões machucados , estragados, metades.
Não teve outro jeito, tive que recordar e escolher . Foi interessante, me fez lembrar o passado quando sentávamos em torno da mesa, eu, minha mãe e minhas irmãs e íamos escolhendo enquanto conversávamos animadamente, meio saco de feijão. Nem víamos o tempo passar.
Também traz a lembrança a época da colheita do feijão, em que tios e vizinhos vinham para ajudar a "maiar " o feijão. No fim do dia, a criançada da vizinhança se reunia para inventar brincadeiras com a palha do feijão. Íamos dormir exaustos e com o corpo todo cortado, mas incrívelmente felizes.
Quem viveu assim sabe o que essa frase significa:
"A vida tão simples é boa..."
Quadro: detalhe de "Meu mundo perfeito" em que os vizinhos de minha casa , Seu Dubino e seus filhos, maiam o feijão à moda antiga.