Estamos saindo com destino ao litoral, merecido descanso. Aquela expectativa no ar: como estará o tempo?; e o humor do pessoal?;será que vou ter ataque de labirintite ou enxaqueca?( sou uma pessoa muito regrada, se durmo fora da rotina, já era) ; será que o mar estará azul?; enfim...
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Céu azul e mar.
Estamos saindo com destino ao litoral, merecido descanso. Aquela expectativa no ar: como estará o tempo?; e o humor do pessoal?;será que vou ter ataque de labirintite ou enxaqueca?( sou uma pessoa muito regrada, se durmo fora da rotina, já era) ; será que o mar estará azul?; enfim...
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Enfim o verão!
Quando criança, ficava endoidecida quando chegava o verão. demorava a crer que agora não mais teríamos que ficar dentro de casa, sentados perto do fogão à lenha ,tentando inventar brincadeiras longe do grande quintal. Os invernos eram longos, verdadeiramente frios , não como agora em que a natureza confusa nem sabe mais em que estação nos encontramos. Junto com o verão chegava a liberdade , brincadeiras cheias de criatividade que se esticavam pela noite adentro , quando com o rosto afogueado diante das ameaças de D. Maria, corríamos para dentro , tomar um banho de bacia antes de cair na cama . Como era bom explorar os morros da pequenina Pilar do Sul onde nasci;cidadezinha que na época era a "princezinha da zona sul" , hoje conhecida como "nascente das águas".
domingo, 13 de dezembro de 2009
Flamboyants na primavera
Sempre aguardo o mês de novembro com uma certa expectativa...
-Será que este ano eles estarão em plena florescência?
E saio à caça dos flamboyants! Infelizmente constatei que este ano, por algum motivo (às vezes é a falta da chuva, às vezes excesso, não entendo muito disso ) eles não estão com toda a beleza que é peculiar á espécie.
Sempre houve flamboyants em minha vida, curiosidade despertada pela música do Roberto Carlos: " ...meu flamboyant na primavera, que bonito que ele era dando sombra no quintal..."
- Flamboyant? Que que é isso?
Foi quando os conheci e eles passaram a ser minha árvore predileta.Lembro-me em especial de uma árvore de flores laranja, que até hoje deve estar imponente no pátio da escola Barcelona em Sorocaba. Todo ano ela carregava espetacularmente, árvore imensa de galhos longos que pareciam abraçar o telhado da Escola, contrastando com o infinito céu azul. Gostava de subir quarteirão acima para poder observar sua copa do alto. Considerava-a um presente de Deus para mim, só para mim, pois sentia que só eu a via naquele momento.
Outro momento inesquecível em elas estiveram presentes, foi em 92. Um certo domingo, resolvemos levar os filhos para um passeio na estrada que liga Itú à Cabreuva, estrada cheia de curvas que margeia o pobre Rio Tietê, espumando por causa da poluição. (as crianças acharam lindo os blocos de espuma mal cheirosa que rolavam na correnteza e às vezes o vento levantava no ar). De repente, todas gritaram que tinham visto um outdoor: "Fazenda da Serra. Chocolates" Voltamos e conhecemos a bela fazenda de mais de 250 anos que se tornara ponto turístico. Enquanto eu e meu marido ficamos sentados à sombra de grandes flamboyants floridos( creio que lá se encontram umas dez árvores) as flores vermelhas pontilhando o verde do gramado, as crianças se divertiram com os pequenos animais da fazenda, comeram doces e correram até se cansar. Também não me esqueço que foi quando pude ver de perto uma roda d'água . Já havia pintado algumas mas nunca as tinha visto uma de verdade. Foi um domingo maravilhoso e inesquecível e que ficou guardado na memória de meus filhos. De vez em quando voltamos lá. Inclusive pintei ao vivo o lindo casarão que fez parte de minha exposição "Casas, Casarões e seus quintais" no ano 2000.
Porém , hoje, na minha caminhada matinal, fui ver os flamboyants que conheci quando vim morar aqui. Encontrei-os mutilados, desfigurados pelo machado. Embora ainda haja muito verde em volta deles, estão aprisionados ao longo de uma avenida movimentada. Apenas um deles, num esforço final , gemeu algumas flores, como uma lembrança dolorida de outras primaveras. Parecem ser apenas um lamento, um protesto pela triste situação que se encontram.
Ainda vou espalhar sementes por aí, quero dar minha contribuição e cumprir meu papel como protetor da terra, visto ser este o papel fundamental do ser humano.
"-Por que a terra não é assim tão florida?"
"-Por que os homens se esqueceram de lançar as sementes."
Que triste realidade!
Bernadeth Rocha
Quadro: Fazenda da Serra de Bernadeth Rocha, quadro que fez parte da exposição "Casa, Casarões e seus Quintais"
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Como preparar o azul.
Pegue um recipiente. Pode ter a largura de um lago, ou a profundidade de um oceano ou o formato de um simples regato. Pode ser preparado com o frio do inverno ou o calor do verão. Coloque dentro um tanto da luz intensa do meio dia misturada com um pouco do brilho das estrelas. Acrescente algumas pitadas do vermelho alaranjado que sobrou do amanhecer, misture bem e aromatize com o aroma das laranjeiras em flor. Vai bem um pouco do canto dos pássaros que saudaram este dia. Bata bem, com o vigor das marés e a força das ondas na arrebentação.
Se quiser, coloque um punhado generoso da areia, pode ser branca, das praias ou dourada ,dos desertos. Não esqueça da brisa que sopra entre as palmeiras e refresca o dia.
Misture, derramando aos poucos a tranqüilidade da manhã, a indolência da tarde e a melancolia do entardecer. Depois de tudo bem ligado, mergulhe no horizonte e deixe a descansar. Tenha só um pouco de paciência.
A receita precisa dos suspiros e juras de amor dos românticos na madrugada. Aí é só esperar. Ao amanhecer, quando o sol desligar a noite, você poderá degustar com os olhos, cada pedacinho desse imenso céu azul.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Chuva de verão
Chuva de verão
(detalhe)
Exposição no Shopping. Muitas vezes as horas passam rápidas, assim como as pessoas que apressadas parecem não ter tempo para nada. Imagine então para apreciar arte...Só faltam tropeçar nos painéis expositores.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Uma festa para os olhos.
Sempre aguardo com expectativa a florescência das árvores em frente ao meu atelier. Já perguntei à muitos para descobrir o nome delas, mas ninguém sabe; pensei em procurar no google, mas por falta de tempo acabou ficando. As " minhas" são idosas, velhas senhoras cobertas de musgo e parasitas que muitas vezes derrubam galhos porque estão apodrecendo( interessante que as conheci criança, num passeio que vim fazer a esta cidade com uma de minhas irmãs, que namorava um rapaz daqui. Com meus novos amigos, corremos pela sombra delas em intermináveis brincadeiras. Por coincidência, hoje moro aqui e meu atelier é nessa praça) .
Mesmo assim, vem o inverno e desnuda seus galhos, que como braços abertos se erguem para o céu. De repente, quase sem que se perceba elas se cobrem de verde e começam a produzir milhares de pequenas flores amarelas que caem ao sopro da mais leve brisa.
Desta vez então, com esta primavera atípica, com este tempo chuvoso de em pleno Novembro, o espetáculo está sendo ainda maior.
Terça à noite, um vento forte soprou e houve uma nevasca, pois as flores são tão leves como flocos de neve que descem rodopiando no ar. Em poucos minutos a calçada, o gramado, os bancos ficaram amarelos, transmitindo uma sensação de festa e alegria. Quando terminou a aula da noite, brincamos na praça com Sofhia, Hanna e Betão nossos cachorros , que vibravam com a liberdade.
Interessante é observar a reação das pessoas que passam. A maioria não as vê, para outros é apenas um incômodo, flores que esmagam sob os pés e sujam a cidade. A dona do imóvel aonde fica meu atelier acha que deveriam ter sido cortadas na reforma da praça: " só servem pra sujar!"
Quanta insensibilidade!
Implacáveis, as velhas senhoras atravessam o inverno cada vez mais quente e aguardam a primavera, quando escrevem melodias silenciosas , poemas em forma de flores que enchem de alegria o ar.
Indiferentes ao que os homens tem feito à natureza, elas continuam cumprindo um ciclo e proporcionando uma festa para aqueles que têm olhos para ver. ( como minha doce Carolina que entendeu que aquele foi um momento especial, grandes presentes da vida veem em pequenas embalagens.)
Bernadeth Rocha
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Enfim ...ao sabor do vento
Enfim...ao sabor do vento!
2 de Dezembro de 2007. Uma maravilhosa manhã de sol, tão aguardada
por todos.
.
A ansiedade e a expectativa estavam no ar!
Hotel Pitangueiras de onde partimos, já ficando lá ao longe em questão de segundos. Foi emocionante.
Uma visão magnífica das plantações de laranja da Fazenda São Pedro.
Eu, extasiada perante tanta beleza.
Enfim a realização de um sonho de criança.
O vento nos levou para Araçoiaba da Serra. Isso é o que torna o balonismo tão excitante, não temos controle nenhum sobre a direção, fomos realmente ao sabor do vento.
Aurélio, captando belas imagens.
Este é o morro do Ipanema, em Araçoiaba.
Aqui o balão estava muito alto!
Essas foram algumas das imagens maravilhosas que pudemos presenciar naquela manhã inesquecível. É claro que fotos estáticas, produzidas por uma máquina, de modo algum conseguem reproduzir a emoção contida nos olhos e nos corações acelerados de quem estava lá.
Bernadeth Rocha
domingo, 8 de novembro de 2009
Feito pipa no céu...
Sempre fui uma sonhadora crônica...